Audio tour

Audio tour ROTA 2. Um passeio pelas origens

QR code

2 sights

  1. Audio tour Summary
  2. Audio tour Summary

    Juana Castro nasceu em Villanueva de Córdoba, numa casa de granito e cal na Rua do Sol, uma toponímia luminosa, premonitório do brilho que impregnaria as pupilas e a voz vanguardista de um dos maiores expoentes da poesia feminina contemporânea.

    Ela foi baptizada na Igreja de São Miguel.

    E chamaram-lhe Juana,
    «aquela cheia de graça»
    (e também de loucura), em hebraico.
    Ela aprendeu a cultivar a solidão
    num sonho de pedras. E ela sabia
    lá no fundo,
    que ela era a filha, e irmã, e mãe viva
    da gloriosa terra... (1)

    E nas terras de Las Tejoneras ela acordou para os dias azuis e o pôr-do-sol violeta do prado, para o trabalho camponês, para o sentimento e para a sensação de ser uma parte essencial da natureza do Vale.

    Falava aquelas menina com as árvores
    No seu caminho para a escola, o seu segredo
    partilhados com olmos e roseiras.
    Ela era um fio de luz. Uma linha
    vinda de outros mundos, a memória
    de um fio sagrada. (2)

    A sua escola era mísera à qual cada rapariga ia com a sua lata/braseiro, acesa comcarvões de azinheira. Ali, as pequenas cadeiras de junco de Dona M.ª Josefa, a primeira professora, a da descoberta da palavra escrita e do despertar para a vocação docente, preâmbulo do Colégio de Cristo Rey, dos bacharelatos dos anos 50-60 na aldeia, dos exames finais durante o quente Junho cordoviano, do Instituto Góngora e das horas nas estradas do terceiro mundo daqueles dias.

    Via, aquele homem moreno,
    a menina,
    àquele homem lá em cima
    numa placa elevada. 

    Analisar morfologicamente
    «Nas tardes de Maio, quando o ar brilhava».
    E o sol, através dos vidros
    dourava as carteiras [...]E embora o povo estivesse triste, e distante,
    e o caminho e o carro
    decrépitos, frio,
    amor aparecia
    seus brilhantes gelados
    de ouro e morangos na praça nupcial
    dos Tendillas,
    «para quase mais do que ninguém, eu amei-vos neste mundo.» (3)

    Este passeio faz parte de uma Rota Emocional com Juana Castro através de Los Pedroches, que visa mergulhar-nos nas paisagens rurais e sentimentais do paraíso onírico que inspira a prolífica produção literária deste poeta, académico, colunista, crítico literário e professor de várias gerações de escritores contemporâneos.

    Nascida em Villanueva de Córdoba (Los Pedroches, 1945), Juana Castro foi pioneira na vindicação do feminino no mundo rural e na história, a partir de uma terra - a sua- em que a devoção, a festividade e a vida quotidiana assumem a forma de mulheres.

    A sua voz, invulgar e romance, forma um singular inverso poético que nos chega endossado por inúmeros títulos, prémios literários e prémios, desde a sua primeira colecção de poemas Cóncava mujer (1978) até Antes que el tiempo fuera (2018). Foi distinguida, entre outros, com a Medalha da Andaluzia (2007) ou com o Prémio da Crítica Nacional (2010).

     

    (1) Castro Muñoz, Juana. Poema XXVI. 'De Fisterra', 1992

    (2) Ídem.

    (3) Castro Muñoz, Juana. El Poeta. 'De Cartas de enero', 2010

     

    Textos espanhol: Matilde Cabello

    Tradução: Sérgio Sampaio de Carvalho

    Locução: Carlos Flores

    Fotos fornecidas por: 

    ·   Ayuntamiento de Alcaracejos

    ·   Ayuntamiento de Añora

    ·   Ayuntamiento de Belalcázar

    ·   Ayuntamiento de El Viso

    ·   Ayuntamiento de Hinojosa del Duque

    ·   Ayuntamiento de Pedroche

    ·   Ayuntamiento de Pozoblanco

    ·   Ayuntamiento de Villanueva de Córdoba

    ·   Ayuntamiento de Villanueva del Duque

    ·   CIET Los Pedroches

    ·   Mancomunidad de Los Pedroches

    ·   Parque Natural Sierra de Cardeña y Montoro 

    ·   Patronato de Turismo de Córdoba

  3. 1 Paragem 1. As Tejoneras dia pradaria.
  4. 2 Paragem 2: Convento de Cristo Rei.
  5. 3 Paragem 3. A professora rural
  1. Audio tour Summary

    Juana Castro nasceu em Villanueva de Córdoba, numa casa de granito e cal na Rua do Sol, uma toponímia luminosa, premonitório do brilho que impregnaria as pupilas e a voz vanguardista de um dos maiores expoentes da poesia feminina contemporânea.

    Ela foi baptizada na Igreja de São Miguel.

    E chamaram-lhe Juana,
    «aquela cheia de graça»
    (e também de loucura), em hebraico.
    Ela aprendeu a cultivar a solidão
    num sonho de pedras. E ela sabia
    lá no fundo,
    que ela era a filha, e irmã, e mãe viva
    da gloriosa terra... (1)

    E nas terras de Las Tejoneras ela acordou para os dias azuis e o pôr-do-sol violeta do prado, para o trabalho camponês, para o sentimento e para a sensação de ser uma parte essencial da natureza do Vale.

    Falava aquelas menina com as árvores
    No seu caminho para a escola, o seu segredo
    partilhados com olmos e roseiras.
    Ela era um fio de luz. Uma linha
    vinda de outros mundos, a memória
    de um fio sagrada. (2)

    A sua escola era mísera à qual cada rapariga ia com a sua lata/braseiro, acesa comcarvões de azinheira. Ali, as pequenas cadeiras de junco de Dona M.ª Josefa, a primeira professora, a da descoberta da palavra escrita e do despertar para a vocação docente, preâmbulo do Colégio de Cristo Rey, dos bacharelatos dos anos 50-60 na aldeia, dos exames finais durante o quente Junho cordoviano, do Instituto Góngora e das horas nas estradas do terceiro mundo daqueles dias.

    Via, aquele homem moreno,
    a menina,
    àquele homem lá em cima
    numa placa elevada. 

    Analisar morfologicamente
    «Nas tardes de Maio, quando o ar brilhava».
    E o sol, através dos vidros
    dourava as carteiras [...]E embora o povo estivesse triste, e distante,
    e o caminho e o carro
    decrépitos, frio,
    amor aparecia
    seus brilhantes gelados
    de ouro e morangos na praça nupcial
    dos Tendillas,
    «para quase mais do que ninguém, eu amei-vos neste mundo.» (3)

    Este passeio faz parte de uma Rota Emocional com Juana Castro através de Los Pedroches, que visa mergulhar-nos nas paisagens rurais e sentimentais do paraíso onírico que inspira a prolífica produção literária deste poeta, académico, colunista, crítico literário e professor de várias gerações de escritores contemporâneos.

    Nascida em Villanueva de Córdoba (Los Pedroches, 1945), Juana Castro foi pioneira na vindicação do feminino no mundo rural e na história, a partir de uma terra - a sua- em que a devoção, a festividade e a vida quotidiana assumem a forma de mulheres.

    A sua voz, invulgar e romance, forma um singular inverso poético que nos chega endossado por inúmeros títulos, prémios literários e prémios, desde a sua primeira colecção de poemas Cóncava mujer (1978) até Antes que el tiempo fuera (2018). Foi distinguida, entre outros, com a Medalha da Andaluzia (2007) ou com o Prémio da Crítica Nacional (2010).

     

    (1) Castro Muñoz, Juana. Poema XXVI. 'De Fisterra', 1992

    (2) Ídem.

    (3) Castro Muñoz, Juana. El Poeta. 'De Cartas de enero', 2010

     

    Textos espanhol: Matilde Cabello

    Tradução: Sérgio Sampaio de Carvalho

    Locução: Carlos Flores

    Fotos fornecidas por: 

    ·   Ayuntamiento de Alcaracejos

    ·   Ayuntamiento de Añora

    ·   Ayuntamiento de Belalcázar

    ·   Ayuntamiento de El Viso

    ·   Ayuntamiento de Hinojosa del Duque

    ·   Ayuntamiento de Pedroche

    ·   Ayuntamiento de Pozoblanco

    ·   Ayuntamiento de Villanueva de Córdoba

    ·   Ayuntamiento de Villanueva del Duque

    ·   CIET Los Pedroches

    ·   Mancomunidad de Los Pedroches

    ·   Parque Natural Sierra de Cardeña y Montoro 

    ·   Patronato de Turismo de Córdoba

Reviews

A minimum rating of 1 star is required.
Please fill in your name.

Sponsors of this tour

Create your own audio tours!

Use of the system and the mobile guide app is free

Start

App preview on iOS, Android and Windows Phone